Flu metal

, por Alexandre Matias
Foto: Rogério Ferrari

Foto: Rogério Ferrari

Depois de anos trabalhando como produtor eletrônico solitário, o ex-baixista do Defalla, foi aos poucos integrando amigos e conhecidos à execução de suas músicas, culminando com seu disco mais recente, Rocks (2013), quando montou diferentes grupos a partir de vários músicos no estúdio. Desta vez ele resolveu assumir de vez a natureza de banda no processo criativo e anuncia o lançamento de Mundo Novo, um disco em que também divide as canções com o mesmo grupo de músicos, batizado de Flu & Amigos: “O Marcelo Fornazier é meu parceiro musical desde o tempo do Defalla em 1992, nos entendemos bastante musicalmente. O Luciano Ganja entrou no século 21 pra turma e já é honorário. O mais novo é o Cláudio Calcanhoto que apesar de sermos amigos dos anos 80 nunca tinha chamado ele pra turma”, me explica o músico e produtor gaúcho por email, lançando o primeiro single deste disco, a singela e pesada “Porco”, em primeira mão no Trabalho Sujo. “Apesar de muita coisa ter feito sozinho rabiscando nuns brinquedinhos eletrônicos, o resultado final é criação de banda. Por isso resolvi virar banda e não mais artista solo. Eu mostro as bagunças e bagunçamos juntos pra dar um resultado final!”, ele continua.

Ele explica a escolha da música de apresentação do novo disco: “Desde que a gente começou a tocar eu via um grito de porco no riff de guitarra. Daí colocamos de brincadeira e foi ficando. Mas é aquele porco de quadrinhos, tipo o que o Max Sieber desenhou mesmo. Mundo divertido e infantil As crianças são muito espertas e sagazes”, ele explica, se referindo à capa do single, feita pelo filho do amigo Allan Sieber, Max Sieber.

flu-porco

“A sonoridade vai ser bastante variada”, ele prossegue, dizendo que ainda está fechando os arranjos finais. “Mas certo que vai ser mistura de locurinhas eletrônicas com riffs de guitarras, mais alguns rocks e umas de viola. A ideia de mundo novo é a de que tudo pode. Então vamos meter bronca nessa liberdade de criação!” O título do disco veio de uma região perto de Maquiné, no Rio Grande do Sul, onde ele passou um tempo longe da cidade. “O mato nos dá força e nos mostra que somos mais poderosos que a gente imagina”, ele se empolga, “É um olhar mais maluco sobre tudo, sem medos e receios desse momento fascista.”

Ele tem outros amigos em vista para agregar ao grupo inicial. “Além da banda base, por enquanto, chamei o amigo Diego Medina, que foi da banda Video Hits, baita artista. O Gabriel Guedes, do Pata de Elefante e Cumbia Negra, que fez o solo final do próximo single. Ainda conversando com o Paulo Beto pra desenvolver uma parceria que tinha começado com o Miranda e precisa de muitos ajustes”, ele explica, falando que está armando a vinda para São Paulo em um show na Casa do Mancha, em São Paulo. “Ao vivo sempre é bem rock. As firulas eletrônicas se transformam em riffs de guitarras e fica bem pesado!”, conclui.

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