Como For

, por Alexandre Matias

Não vi o Vicky Cristina Barcelona (é, eu sei, vou ver), mas há muito tempo não me divertia tanto com um Woody Allen quanto em Whatever Works. A história em si, embora louquíssima, não é o ponto central do filme: este é Larry David, encarnando um Woody Allen grosso e pouco se fodendo para o que acham dele. A química entre autor e personagem é perfeita e Woody aproveita que não está se representando para jogar um monte de merda no ventilador, com aquele mau humor característico do sujeito que nos deu George Costanza, só que elevado a uma potência crítica, que inclui uma autocrítica pesada que passa longe da autopiedade característica da atuação do diretor. Só o monólogo de abertura já é o suficiente para colocar este Whatever Works (como será que vão traduzir no Brasil? “O Que Rolar, Rolou”? A minha sugestão batiza o post) entre os melhores filmes de Woody Allen. E a frase que encerra tudo então? Gênio.

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