E é claro que era o Let it Be

Os Beatles acabam de confirmar o rumor que plantaram nesta segunda, ao divulgar uma imagem que indicava que eles finalmente relançariam seu último filme, Let it Be. O filme de 1970 chega ao canal de streaming Disney+ no próximo dia 8. Lançado originalmente em abril daquele ano, Let it Be marca o fim definitivo de uma banda que já estava se esfacelando há um ano e meio, pois naquele mesmo mês Paul McCartney deu uma entrevista confirmando o fim dos Beatles (e aproveitando para divulgar seu primeiro disco solo, o ótimo McCartney). O tom amargo do documentário dirigido por Michael Lindsay-Hogg deu ao último ano da história da banda uma tristeza raivosa que é característica do final de relacionamentos, mas quando a Apple convidou Peter Jackson para remasterizar o filme e mexer com o material extra que havia sido gravado no período, o tom acridoce se dissipou quando o diretor neozelandês descobriu um material bem diferente do que havia sido imortalizado por Lindsay-Hogg, criando a série documental Get Back. “Os dois projetos se apoiam e melhoram um ao outro”, explicou Jackson em uma declaração publicada no site dos Beatles. “Let it Be é o clímax de Get Back, enquanto Get Back provê um contexto vital que falta em Let it Be. Michael Lindsay-Hogg foi infalivelmente prestativo e delicado enquanto estava fazendo Get Back e é mais do que correto que seu filme original seja a última palavra… Com imagem e som bem melhor do que quando foi lançado em 1970”. Mas me incomoda esse cartaz branco, pois todos sabemos que o original era preto, como a capa do disco…

Palavras de sabedoria

Que tal começar a semana com novidade dos Beatles? O grupo acaba de anunciar em suas redes e em seu site oficial um teaser que anuncia “finalmente”, mostrando uma imagem em branco com quatro molduras quadradas que, anuncia pra qualquer fã médio dos Beatles, a estrutura básica da capa do disco derradeiro da banda – Let it Be, de 1970 – que não por acaso traz a mesma estrutura no pôster no filme de mesmo nome lançado junto ao décimo terceiro álbum do grupo. Como o disco já faz parte da discografia em todos os formatos há eras, o foco fica no polêmico filme que encerrou a carreira do grupo. Dirigido por Michael Lindsay-Hogg, o filme encerrou a carreira da banda pop mais importante da história com um gosto amargo, precisamente pelo tom escolhido pelo diretor. Quando Peter Jackson foi convidado pela Disney para remasterizar o filme, antes da pandemia, ele ficou dividido justamente pelo teor pesado do filme original e imaginou que o material que não havia sido utilizado, que ele poderia trabalhar, seria ainda mais denso que o que foi lançado. Felizmente, Jackson aceitou a proposta e, como todo fã dos Beatles descobriu depois, ficou fascinado como a gravação teve seus momentos de união, criatividade e alegria, mesmo no meio das discussões que acabaram levando ao fim da banda – e esses extras deram origem ao mágico seriado Get Back. O teaser publicado nessa segunda – junto com um verso tirado da faixa que batiza o disco (“There will be an answer…”, “Haverá uma resposta”) – leva a crer que finalmente o filme será incluído na filmografia oficial da banda, já que só foi relançado pela banda depois de seu lançamento nos anos 80, quando surgiu em versões em VHS, Betamax e laserdisc em apenas alguns países. O filme foi remasterizado na época em que o grupo fez a versão definitiva de sua carreira na série Anthology, nos anos 90, mas apenas trechos foram utilizados. Seu relançamento digital e nos cinemas quase aconteceu na época do lançamento do disco Let it Be… Naked, em 2003, e depois em 2008, mas foi cancelado nas duas oportunidades. Ao que parece, agora vai – vamos torcer pra que chegue aos cinemas também!

O ato II de Beyoncé está chegando, com direito a Beatles, Willie Nelson e Dolly Parton

O lançamento de Cowboy Carter, segundo volume de trilogia que Beyoncé iniciou em 2021, acontece nessa sexta-feira e junto com a expectativa aumentam as especulações – e confirmações. Ao divulgar a lista das faixas em seu Instagram nesta quarta-feira, a maestra parece ter confirmado dois boatos que já estavam no ar: que regravaria um clássico perene de Dolly Parton, e uma música dos Beatles. “Jolene” e “Blackbird” surgem entre as músicas anunciadas, bem como a referência à Linda Martell, primeira artista negra de sucesso comercial na música country, na faixa chamada “The Linda Martell Show”. O anúncio também confirma a participação de Willie Nelson em uma das faixas (justamente uma chamada “Smoke”) e o nome de Dolly Parton (ou melhor, “Dolly P”) está no meio das faixas do novo disco.

Outro boato que esquentou foi que o disco teria a participação de Rihanna, uma vez que esta divulgou esta semana fotos que fez para a edição chinesa da Vogue em que aparece vestida de caubói – e sabemos que o tema do disco novo de Beyoncé é música country. Ainda há o boato que Miley Cyrus dividiria os vocais com Beyoncé em “Blackbird”. Não bastasse tudo isso, surgiram dois outdoors anunciando o novo álbum em… Salvador, onde ela esteve no final do ano passado. Essa mulher vai mudar as regras do jogo… de novo!  

Quatro filmes sobre os quatro Beatles

Já tivemos Freddie Mercury e Elton John, agora temos Bob Marley e Amy Winehouse e seria inevitável que a nova leva de biografias musicais chegasse nos Beatles. Pois aconteceu: como revelado com exclusividade ao site Deadline, o estúdio Sony e o diretor Sam Mendes (de Beleza Americana, Skyfall e 1917) fará não apenas um, mas quatro filmes sobre a história dos Beatles, contando a biografia e os pontos de vistas de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. É a primeira vez que os Beatles dão a algum projeto cinematográfico total acesso às suas biografias e ao seu catálogo e o projeto foi anunciado para 2027, mas ainda não há previsão se os quatro filmes chegarão ao mesmo tempo no cinema ou se terão algum distância entre seus lançamentos. O projeto ainda não tem título oficial nem elenco escolhido e não se sabe se a história da tetralogia será focada apenas no período em que a banda existiu ou se acompanhará as carreiras solo de seus integrantes. Mas o certo é que ainda falaremos muito sobre Beatles até lá – sem contar esses boatos de que uma caixa de discos do Rubber Soul está sendo finalizada e que Peter Jackson conseguiu reunir material sonoro dos Beatles em Hamburgo para lançar um disco dessa época em parceria com a Apple.

Paul n’água

“Well, the rain exploded with a mighty crash…” Caiu um temporal daqueles (você não tá entendendo…) e o show é igualzinho a todos os outros (tirando as infames intervenções de tiozão – ou vovôzão – em português), mas nem por isso menos maravilhoso. O calor no coração de todos aqueceu a alma dos presentes, encharcados mesmo de capa de chuva. É sempre bom ver o Paul McCartney ao vivo, ainda mais agora que os boatos sobre sua aposentadoria têm aumentado consideravelmente, e o show deste domingo não foi diferente: emocionalmente intenso, ainda teve espaço para lágrimas em “Maybe I’m Amazed”, “Band on the Run”, “Something”, “Here Today”, e no dueto virtual com John Lennon em “I’ve Got a Feeling”. Vai Paul!

Assista aqui:  

Vida Fodona #797: Começou quentaço

Esse mês promete!

Ouça aqui:  

E se “Now and Then” abrir a possibilidade de um novo Anthology?

“Now and Then” parecia ser o ponto final que os Beatles colocaram em sua história, como um dia já fizeram ao batizar a última música de seu último disco de “The End”, mas o clipe dirigido por Peter Jackson (que mais uma vez me fez chorar com Beatles) lançado nesta sexta abre uma possibilidade considerável: a de que o próximo projeto do grupo não seja uma caixa de um disco específico ou algum registro ao vivo e sim uma volta ao Anthology que o grupo ergueu em sua própria homenagem nos anos 90. Além de vermos várias imagens que nunca tínhamos visto (quem é beatlemaníaco sabe do que eu tô falando), Jackson ainda comentou que a Apple desenterrou 14 horas de gravações inéditas de George, Paul e Ringo em 1995, incluindo tentativas de fazer “Now and Then” acontecer naquela época, além de ter recebido vídeos caseiros de Sean Lennon e Olivia Harrison com imagens nunca vistas de John e George. É uma possibilidade vaga, mas ela já está no ar, ainda mais se a gente lembrar da cultura cada vez mais audiovisual em que estamos imersos.

Assista abaixo:  

Beatles 2023: “if I make it through It’s all because of you”

Nem faz tanto tempo que eu chorava pelos Beatles (o Get Back foi anteontem, afinal), mas essa “Now and Then” putaqueopariu… Nem é das faixas mais clássicas deles, mas são os quatro ali ❤️

Ouça abaixo:  

Um gostinho de “Now and Then”

Enquanto a “última música dos Beatles” não chega entre nós, dá pra sentir um gostinho de “Now and Then” no minidocumentário que a banda fez para contar a história de como a música deveria ter entrado no Anthology 3 e como foi ressurgir, quase 30 anos depois, como a última canção do grupo a ser registrada oficialmente.

Assista abaixo:  

Quais são as músicas novas das coletâneas vermelha (1962-1966) e azul (1967-70) dos Beatles?

Junto do anúncio da famigerada “última faixa gravada pelos Beatles” que chega na próxima quinta-feira, a banda também anunciou uma reedição ampliada das clássicas coletâneas lançadas no início dos anos 70 que a apresentaram a gerações de fãs que não tinham acesso à sua discografia (pois os discos não eram reeditados constantemente). E apesar de não ter tido tanta repercussão, essas são as faixas novas a entrar nas coletâneas:

Leia abaixo: