Bárbara Eugênia + Chankas = Aurora

, por Alexandre Matias

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Encontrei Bárbara Eugênia no meio do ano passado, ainda empolgado com seu segundo disco É o que Temos, mas ela só conseguia falar do Aurora, novo projeto que vinha desenvolvendo com o Chankas, guitarrista do Hurtmold – um projeto que começou com uma inspiração beatle. “Estava de férias no fim do 2012, num sítio no interior de São Paulo, lendo um livro que fala da história por trás das músicas dos Beatles, quando comecei a ter algumas ideias, fui pensando na vida, em como se deu toda a transformação deles enquanto banda, enquanto indivíduos, e desandei a escrever… Não eram nem letras, algumas só ideias mesmo, elucubrações… Mas aquilo me deu a ideia de fazer um disco novo, um projeto à parte do meu trabalho solo. Algo específico falando sobre tudo aquilo que eu estava pensando e sentindo. Meu ex-namorado – tenho que dar todo o credito a ele mesmo… – me disse: ‘Por que você não chama o Chankas pra fazer esse’ E eu disse: ‘Claro, genial, vou chamar!'”

Fernando Cappi, guitarrista do Hurtmold que que assina seu trabalho solo como Chankas havia colaborado com o disco que a Bárbara lançou no ano passado, ao fazer o arranjo para “Não Tenho Medo da Chuva e Não Fico Só”, ao lado de Tatá Aeroplano. “Já tinha batido uma vontade de fazer mais coisas com ele. Então falei com ele, mandei as letras, textos e começamos a trabalhar. Fizemos quase tudo em parceria, harmonia, vozes, algumas eu já tinha uma ideia de melodia, uns textos que achei que precisassem de trabalho para virar letra quando vi, ele já tinha feito uma melodia linda… Muita sintonia e ele entendeu exatamente o que eu queria”.

Para batizar o novo projeto, todo cantado em inglês, Bárbara queria uma palavra só e um nome “meio universal… Tava bem difícil achar. Apesar de ter um tumblr chamado Me Llamo Aurora não tinha pensado nesse nome ainda” e o batismo veio, ora ora, via reiki. O disco finalmente vê a luz do dia nesta sexta-feira, pra download no Bandcamp dos dois e pra audição no Soundcloud da dupla. O show ainda está distante: “Queremos fazer o show quando tivermos o vinil na mão e, pra isso, vamos fazer uma campanha de crowdfunding para financiar essa prensagem”. É isso aí: se não tiver vinil não tem show. Abaixo, uma das músicas da dupla, em primeira mão pra cá:

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