Áudio Rebel resiste ao vivo!

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Clássico palco de experimentações carioca, a Áudio Rebel começa o festival Rebel Vive, que reúne transmissões ao vivo online de shows de quase 50 artistas em dois fins de semanas a partir de hoje, às 17h. Começando com Negro Léo, o evento ainda conta com Vovô Bebê, Rubinho Jacobina, Joao Donato. Kassin, Kiko Dinucci, Rhaissa Bittar, Humberto Effe, Momo, Samuca e a Selva, Mauricio Pereira, Ana Frango Elétrico, Ava Rocha, Marcelo Callado, Romulo Froes, Duda Brack, Benjão, Mãeana e Bem Gil, entre muitos outros. “O evento surgiu dos próprios artistas que querem ajudar a Rebel”, conta o proprietário da casa de resistência cultural, Pedro Torres. “A gente conversou de tentar passar um pouco do espirito da Rebel para as casas das pessoas, fazer um lance que mantivesse o espirito intimista e pessoal da casa.” Conversamos mais por email sobre como a Áudio Rebel está se mantendo nesta época tão estranha.

Como surgiu a ideia do Rebel Vive?
O evento das lives surgiu dos próprios artistas que querem ajudar a Rebel. O Mihay e a Katia me procuraram porque eles já tinham mais conhecimento nesse terreno, o Mihay trabalha com vídeo… A gente conversou de tentar passar um pouco do espirito da Rebel para as casas das pessoas, fazer um lance que mantivesse o espirito intimista e pessoal da casa.

Como estavam as coisas com a Áudio Rebel antes da quarentena?
As coisas nunca foram fáceis, mas vinhamos uma maré boa, o carnaval nos gerou uma receita de blocos que queriam ensaiar e gravar, e na sequencia os shows voltaram começaram a engrenar bem. Parecia que apesar de todo o contexto externo as coisas iam engrenar bem, tínhamos bons shows agendados. com um bom retorno de público.

O festival é a primeira ação que vocês fazem neste período ou fizeram mais alguma coisa?
A primeira ação foi esvaziar nossa geladeira, como tínhamos uma agenda repleta de bons shows, tinha um dinheiro engessado em produto, e contas pra pagar, sem previsão de volta. Usamos as redes sociais pra divulgar um delivery de bebidas, pelo preço de comercio local da zona sul e em um final de semana vendemos tudo, consegui pagar o salario de um funcionário no final de março com essa ação. A segunda ação foi o delivery de produtos da loja encordoamentos de instrumentos, livros, discos e LPs, que teve uma saída boa também. A terceira ação foi no inicio de abril, quando chegou o inicio de mês e nenhuma perspectiva de trabalho ainda foi um crowdfunding nesse esquema do “pendura invertida”: o cliente adianta o valor para utilizar quando a casa reabrir.

Estão bolando mais algo para essa época de confinamento?
Sim, esse primeiro já foi um sucesso, temos bastante artistas interessados em seguir com o projeto. Seria ótimo que tivesse uma vacina rápida, ou uma solução definitiva de saúde pública, mas acho que não vai ser um processo rápido.

Como vocês cogitam voltar da quarentena? Acham que os shows e os hábitos do público vão mudar?
Acho que as coisas só vão voltar ao normal definitivamente quando tiver uma vacina de amplo acesso para a população. Dependendo do número de vítimas, podemos ter uma população mais temerosa ou menos. Mas o normal acho que vai demorar muito. Já estamos perdendo espaço para as diversões virtuais a anos, esse vírus letal só deve aumentar essa tendencia.

Eis a programação do festival (mais informações aqui):

21 de maio
Negro Léo
André Prando
Renato Piau
David Alfredo
Rubinho Jacobina
Kiko Dinucci

22 de maio
Raquel Coutinho
Arthus Fochi
Federico Puppi
Pedro Mann
Luciane Dom
Udi Fagundes

23 de maio
Gabriel Muzak
jongui
Rhaissa Bittar
Ilessi
Anselmo Salles
Mari Blue e Mário Wamser

24 de maio
MOMO
Babi Sut
Mauricio Pereira
Romulo Froes
Marcelo Callado
Duda Brack

28 de maio
Humberto Effe
Lucas Hawkin
AnaBispo
Benjão
Vovô Bebê
Samuca e a Selva

29 de maio
Marco Homobono
Anna Lú
Bulo
Juliana Linhares
Dionísio
Paola Kirst

30 de maio
Pedro Moraes
Ave Máquina
Elisa Fernandes
Micah
Flávia Chagas
Simone Mazzer

31 de maio
Joao Donato
Kassin
Mãeana e Bem Gil
Ava Rocha
Mihay Vetyemy
Ana Frango Elétrico