A caixa dos Stones

, por Alexandre Matias

Falei outro dia da caixa dos Beatles e já apareceu a dos Stones

Mas é aquele papo: pra começar o único atrativo da caixa (exclusiva da Amazon) é esse poster com uma imagem com da fase Sticky Fingers – todos os 13 discos serão lançados em versão em separado junto com a própria caixa, e estes não são exclusivos da Amazon. Não custa lembrar que a caixa também só cobre o período posterior a 1971, quando os Stones se livraram das garras do recém-falecido já-vai-tarde Allen Klein para fundar seu próprio selo. Todo material lançado entre sua estreia nos discos e até a morte de Brian Jones simplesmente não está no pacote – o que torna a caixa longe de definitiva (por mais que contenha umas quatro ou cinco obras-primas). E como, dos discos remasterizados, o único que ainda não foi lançado é o clássico Exile on Main St., a caixa sequer adianta o lançamento deste disco e simplesmente deixa a lacuna, obrigando seu comprador a comprar o disco quando sair, em versão provavelmente mais cara do que seus pares (“é duplo”, vão dizer; em CD, não é, retruco). E se os discos separados custam quase 11 dólares e a caixa passa os 150, não é exagero dizer que você está pagando dez dólares por um poster e pela possibilidade de não escolher deixar uns discos fuleiros dos Stones fora da sua coleção. Legal e tal, mas não compensa.

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